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Jogo de imitação, reprodução da “pose” material, concreta, das pessoas. Como Fazer parte do jogo? Mover o espaço a partir das proposições das próprias pessoas. Brincar com a roupa. Processo de transformação dos gestos propostos pelo público em poses, rígidas, em close, buscando um estado de tensão corporal. A criação de som e iluminação percorrem as mesmas dinâmicas estabelecidas pelos deslocamentos dos corpos. A dança em processo de abstração, fragmentada, explorando a hiper sensualidade, close, carão, com movimentos tensos e rígidos. O que parecia atravessar o espaço e as pessoas entra em distanciamento, tanto da dança que se torna mais individual e macabra, como do som que se estabelece em um lugar fixo de controle. Desde o início, os três pilares da criação (corpo, som e luz) estabelecem auto interferências em suas composições, trazendo um caráter performativo à obra. Estabelecido os lugares fixos de cada elemento, uma dança em volta da câmera captura fragmentos da realidade, de um corpo que se multiplica, reproduz, contorce, traçando um percurso do humano à uma espécie de “bicho cibernético”, excessivamente programado, em glitch. Um lento e gradual crescendo materializa-se como o Bolero de Ravel, tão interferido quanto o corpo e o espaço. Os sinais vitais da desmaterialização humana crescem junto com a música, até o colapso. Silencio, respiração, uma tela azul. Sem sinal. 

REC

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